quinta-feira, 14 de junho de 2007

Velhas saudades


Larguei dos pesadelos e sonhei que um dia
Descia um calmo rio cheio de remansos
Era a minha paz a procurar descansos
Ou mesmo escassas chuvas de alegria.

E assim descia leve sobre a canoa
E foi-se a tarde quente, vindo a noite
E mesmo só, restava-me a poesia
Que vinha nos papeis, escorrendo à toa.

E assim segui em frente pelas águas turvas
Segui descendo o rio sem temer as luas
Que revelam os mistérios das águas para o mar.

E fui feliz na vida navegando
Pelos rios dessa vida fui deixando
Velhas saudades de uma poetisa a navegar.

Maria Lúcia de Almeida

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