Ao me perguntarem por um bom filme que assisti no cinema em 2017, vou
dizer, sem sombra de dúvida: “Mulher-Maravilha”. Um dos melhores.
É o primeiro grande filme de
estúdio de uma heroína dirigido por uma mulher, e isso transparece de formas
sutis, porém muito importantes, pois a diretora Patty Jenkins, embora não seja
muito conhecida, consegue introduzir mudanças e caraterísticas que separam seu
filme das recentes versões para o cinema de filmes de super herois. Ela faz de
seu longa uma versão lúdica e sensível, divertido e cheio de charme, sem jamais
tornar o filme tolo ou pesado.
A atriz israelense Gal Godot é realmente uma maravilha, mas sua
contribuição vai além da beleza. Se a história de origem da Mulher-Maravilha
foi criada com coração e empatia pela diretora Patty Jenkins, também é preciso
agradecer a brilhante performance de Gat Gadot por isso. Ela dá voz ao
emponderamento feminino, não só nas suas atitudes como também no discurso, e nos
presenteia com uma atuação que mistura prazer, humor e muita emoção.
Somado a tudo isso, ainda existe espaço no filme para falar de
racismo, abuso de poder, machismo e uma precisa e divertida pitada de erotismo.
E principalmente, o filme consegue mostrar para que veio, ou seja, que o amor
é, e sempre será, a força mais poderosa do universo.
Maria Lúcia de Almeida