segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Em algum lugar

Em algum lugar eu li: " Qualquer regra é um engodo". "Deixe as pessoas apenas serem..."
Mas essa não seria também uma regra?
Temos nos massacrados, uns aos outros, suavemente, mesmo que com boas intenções.
De relance passa pela minha cabeça: ' Esse mundo é uma casa de loucos'.
Encontro-me sorrindo. Olho pela janela e vejo as folhas ao vento. Imagino que estão rindo comigo.
Sinto alívio de minha própria seriedade.
Esse era o meu jeito de viver. Deixar que as pessoas entrassem e saíssem de minha vida, contentando-me com o que tinha, com quem ficava e com o que gostava menos. No entanto chega uma hora em que a gente se cansa de encontros e desencontros equivocados.
Nesse mundo de loucos, desconfio que sempre fui a mais louca.
Passei anos de minha vida lendo romances em que as heroínas podiam tudo. Bastava um telefonema para quem queriam e as pessoas vinham sempre. Eu me sentia como essas heroínas, rodeada de pessoas, e tinha um descanso delicioso enquanto lia.
No entanto, minha vida não é um romance, e muito menos posso deixar que se pareça com uma reles novela. Resumindo: nada deveria ser desse jeito!
Fim da "hora da comédia" proporcionada por mim. A voz da sobrevivência  grita mais alto: "Viva, Sorva a taça até o fim! Procure pelo verdadeiro amigo."
Nesse instante não me sinto mais louca, e nem o mundo me parece só uma casa de loucos.
Afinal, a ilha da comunicação perfeita deve existir em algum oceano perdido.
E lá vou eu, sonhar de novo.

Maria Lucia de Almeida

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Um dia...

"Um dia eu não mais temerei.
Um dia eu seguirei em frente sem parar tanto, sem olhar para trás.
Um dia vão me perguntar "por que?", e eu vou ter a coragem de responder:
"Porque eu quis assim".
Um dia eu vou fazer sentido".


(Fal Azevedo - "minúsculos assassinatos e alguns copos de leite")

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Dar um tempo...


Muitas vezes só o tempo nos concede a paz:
"dar tempo ao tempo"...respirar.
Deixar que os cenários mudem, que as pessoas se acomodem, que as aflições se acabem.
As portas estão fechadas, o tempo está nublado, a esperança insiste em não vingar.
A despeito de tudo isso é preciso sonhar ...
Porque sonhar também é uma forma de viver
Encontrar nos sonhos a tranquilidade que nos alimenta a alma
Porque, por vezes, é preciso sair de cena
Para que a essência revitalize nosso lugar.
Maria Lúcia