" O vento que leva o que amamos é o mesmo vento que traz coisas que aprendemos a amar."
O Tempo e o Vento
Maria Lucia de Almeida
Escrever livremente é experimentar um momento de doçura que a gente em silêncio transforma em palavras. Momento profundamente singular e magicamente passível de concretude - expresso e desvendado - da nossa poesia oculta.
" O vento que leva o que amamos é o mesmo vento que traz coisas que aprendemos a amar."
O Tempo e o Vento
Maria Lucia de Almeida
Há uma delicadeza serena em viver os últimos anos. Como o entardecer que se estende dourado, a vida se torna mais silêncio do que pressa, mais presença do que planos.
Cada manhã é um presente embrulhado em luz,cada lembrança, um jardim secreto onde se pode repousar.
Já não é preciso correr, nem provar, nem vencer. Agora é tempo de sentir: o vento, a chuva, o riso, o afeto.
Viver os últimos anos é arte sutil: é saber despedir-se devagar, com gratidão nos olhos e o coração aberto feito céu de outono.
Porque mesmo no fim, há começo: no gesto simples, no olhar sereno, no amor que permanece.
Maria Lucia de Almeida.