sábado, 1 de agosto de 2009

Fugacidade

Os anos passam, vai-se um, enfim centenas,
Ficam somente marcas dos homens
Em páginas, em muros, em becos escuros
E representam somente palavras.

Tolas palavras são jogadas pelos ares,
E assim se perdem, pois jogadas são perdidas,
Tolas lembranças são por nós bem esquecidas
Porque palavras não se prendem aos olhares.

Marcas são poemas, alegres ou aflitos
Que ficam nos papéis, eternos manuscritos,
Feitos por todos que partiram desse mundo.

Os homens morrem, os poemas vão em frente,
Seguindo pelos caminhos, indiferentes...
Mostrando quão fugaz é a nossa vaidade.

Maria Lucia de Almeida

2 comentários:

helentry disse...

Belo poema reflexivo! Você está mesmo nos encantando!

virgínia além mar floresta vicamf / disse...

é verdade minha doce Maria Lucia
as palavras poéticas resistem às vaidades e nossa temporalidade, parabéns amiga