domingo, 29 de julho de 2007

Nonada




"Como não se viu, aqui se vê.
Porque, no Gerais, a mesma raça de borboletas,
que em outras partes é trivial regular - cá cresce,
vira muito maior, e com mais brilho,
se sabe; acho que é do seco do ar, do limpo,
desta luz enorme."

"Pode-se lá, porém, permitir que a palavra nasça do amor da gente,
assim, de broto e jorro: aí a fonte, o miriquilho, o olho-d'água;
ou como uma borboleta sai do bolso da paisagem?"

João Guimarães Rosa - Grande Sertão: Veredas.

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