terça-feira, 10 de julho de 2007

Revelações





Ao seguir viagem pela estrada do tempo
Surge diante de mim
- feito janela que se abre à beira do caminho -
Um lindo lago de águas claras.

Tendo o silêncio como único companheiro,
Paro e fico a observar a superfície do lago.
E ali, minha vida escorre diante de meus olhos,
Como a chuva na terra escorre de mansinho.

Passam-se emoções, detalhes e segredos
Num leve, tranqüilo e inexplicável espetáculo
Toda minha história desta forma recontada,
Em pequenos e grandes acontecimentos.

O sol, como luz em fuga, aos poucos se esconde
E fico ali, sozinha, a enxergar muita verdade
Descubro que o fim do mundo fica a séculos de distância,
E que alguns lagos podem nos conduzir à claridade.

Maria Lúcia de Almeida

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