Poderia falar de filmes que são a "onda" do momento, filmes de extrema violência - não só física, também moral - como "Kill Bill" de Quentin Tarantino ou " SinCity" de Frank Miller, a história em quadrinhos transportada para as telas do cinema. Dois filmes considerados pela crítica e pela maioria dos jovens brasileiros como os melhores filmes do ano de 2005.
Tudo bem, é preciso concordar que Tarantino é um cineasta consagrado e que já produziu ótimos filmes (bem melhores que "Kill Bill"), e que em "SinCity" foi usada uma das técnicas mais aprimoradas, incríveis e revolucionárias do cinema. É verdade, não tem como não gostar.
No entanto, o excesso de violência tem me deixado cabisbaixa, de estômago embrulhado e, pior do que isso, muito triste com a nossa sombria juventude que vibra cada vez mais com cenas de brutalidade e com "sangue jorrando pelas telas".
Pensando sobre isso, resolvi assistir a um filme bem leve, daqueles que a gente chama de "água com açúcar", só para descontrair e apaziguar o espírito.
Aluguei para assistir a uma sequência de filmes: "Antes do amanhecer" e "Antes do pôr do sol". Diretor praticamente desconhecido, atores idem, filmes que a maioria dos jovens na faixa etária dos 18 aos 25 anos jamais pensaria em alugar numa vídeo locadora.
Pois bem, de tudo, um pouco fica gravado em nós dessa deliciosa história romântica do encontro de dois jovens aventureiros, Jesse e Celine, que se "esbarram" por acaso em um expresso europeu e, para se conhecerem melhor, decidem ficarem juntos por um dia (até o amanhecer), em um passeio por Viena.
Jesse, rapaz de origem norte-americana, família de pais divorciados, espírito livre e inquieto, e ao mesmo tempo prático e racionalista. Celine, jovem de beleza ímpar - "lembra um anjo de Botticelli"-família de origem européia, de pais bem casados e felizes, espírito questionador, filosófico e romântico.
A linguagem do romance é sedutora, trata-se de um grande e inteligente diálogo que é travado entre os dois jovens enquanto caminham por Viena. Discorrem sobre ideias, ideais, relacionamentos, família, sexo, casamento, sonhos, espiritualidade e, principalmente, sobre o amor. Frases e palavras se entrecruzam com a crescente emoção de um e de outro personagem. A emoção aumenta com o desenrolar da história o que confere maior movimentação ao enredo, deixando o espectador cada vez mais envolvido no processo de conhecimento e autoconhecimento dos dois jovens.
O crescente encantamento que percorre as cenas perpassa a tela, chega até nós. O mesmo processo encantatório se estende ao segundo filme - "Antes do pôr do sol" - dessa vez com o cenário na bela Paris, onde acontece um surpreendente e delicioso 'The end'.
Aluguei para assistir a uma sequência de filmes: "Antes do amanhecer" e "Antes do pôr do sol". Diretor praticamente desconhecido, atores idem, filmes que a maioria dos jovens na faixa etária dos 18 aos 25 anos jamais pensaria em alugar numa vídeo locadora.
Pois bem, de tudo, um pouco fica gravado em nós dessa deliciosa história romântica do encontro de dois jovens aventureiros, Jesse e Celine, que se "esbarram" por acaso em um expresso europeu e, para se conhecerem melhor, decidem ficarem juntos por um dia (até o amanhecer), em um passeio por Viena.
Jesse, rapaz de origem norte-americana, família de pais divorciados, espírito livre e inquieto, e ao mesmo tempo prático e racionalista. Celine, jovem de beleza ímpar - "lembra um anjo de Botticelli"-família de origem européia, de pais bem casados e felizes, espírito questionador, filosófico e romântico.
A linguagem do romance é sedutora, trata-se de um grande e inteligente diálogo que é travado entre os dois jovens enquanto caminham por Viena. Discorrem sobre ideias, ideais, relacionamentos, família, sexo, casamento, sonhos, espiritualidade e, principalmente, sobre o amor. Frases e palavras se entrecruzam com a crescente emoção de um e de outro personagem. A emoção aumenta com o desenrolar da história o que confere maior movimentação ao enredo, deixando o espectador cada vez mais envolvido no processo de conhecimento e autoconhecimento dos dois jovens.
O crescente encantamento que percorre as cenas perpassa a tela, chega até nós. O mesmo processo encantatório se estende ao segundo filme - "Antes do pôr do sol" - dessa vez com o cenário na bela Paris, onde acontece um surpreendente e delicioso 'The end'.
É assim que essa sequência de filmes acordam em nós a lembrança de outras histórias que ouvimos, vivemos ou inventamos, e que nos traz de volta um passado mais romântico, mais feliz, que talvez nem notamos, mas que se acha engajado em nossa história. E saturados da intensa insensibilidade dos filmes de violência, descobrimos, com certo alívio que, em jovens cineastas, já desponta uma nova suavidade.
Maria Lúcia de Almeida
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